O que fazer no Rio de Janeiro que não inclua o tripé: sol, suor e multidão?

Embora possa parecer out, nem todos que viajam durante o Carnaval estão em busca de se tornarem sambistas ou foliões. Claro que nessa época a hospedagem é mais cara (mesmo para os que acampam), a passagem área vai, literalmente, às alturas, há trânsito, rodoviárias e aeroportos entupidos (…) Por que sair de casa então? E “pior”, por que ir para o Rio de Janeiro, uma das maiores concentrações de carnavalescos do mundo? Porque é feriado e são quatro dias para aproveitar. Simples assim.

Praias
– As praias estarão cheias, mas nada que não possa ser contornado indo mais cedo. Isso facilita não só para procurar um bom espaço na areia como também ter a garantia de um guarda-sol. Um guarda-sol na Zona Sul pode variar de R$ 5 a R$ 10. As cadeiras são à parte e custam em média R$ 3.

Dica: Os quiosques de algumas praias da Barra da Tijuca, como os da Praia da Reserva, não cobram o guarda-sol/cadeiras dos clientes. Converse com o “barraqueiro” e tente conseguir de graça se estiver consumindo na barraca.

– Comer nas praias do Rio se tornou algo um pouco complicado. Explica-se: há no Rio o choque de ordem, que restringe a venda de alguns alimentos e bebidas. Ou seja, aquele queijo coalho (adorado pela Sílvia Oliveira) e o camarão não podem mais ser vendidos porque estão em palitos e são manipulados na areia. Para economizar vale até passar num supermercado antes de ir à praia – sem promover uma “farofa” pelo amor de Deus! Quando a praia começar a encher é hora de seguir para outros passeios – como os pontos turísticos. Parte dos foliões estarão na praia, que depois das 11h parece show de virada do ano, e a outra parte nos blocos.

Pontos turísticos – Os pontos turísticos são sempre cheios (seja feriado ou não). Então não é nenhuma novidade. No entanto, nessa época do ano os “enganam turistas” chegam a cobrar uma fortuna para levar a um passeio. Se você não tem dinheiro para jogar fora e costuma fazer os passeios “by youself” vale ficar atento:

– O Bondinho do Pão de Açúcar fica na Urca. Custa R$ 44 (meia-entrada para estudantes e cariocas/moradores do Rio de Janeiro e Grande Rio). Para quem não quiser pagar táxi/ônibus, só usar o metrô até a Estação de Botafogo e pegar a integração (metrô de superfície) para a Urca.

Dica: Para os que se aventuram a seguir a trilha do Morro da Urca, e ainda querem economizar alguns reais, a pedida é subir a pé. É possível admirar a vista do que seria a primeira parada do Bondinho em uns 40 minutos de caminhada (só que de graça!!!). Lembre-se de levar água porque, quando chegar sedento lá em cima, o preço da água pode balançar o bom humor. Os que subirem a pé até o Morro da Urca e de lá quiserem ir ao Pão de Açúçar, o valor do ingresso é R$ 22.

– O Cristo Redentor é uma das maiores atração turística do Brasil. E é comum visitar o Corcovado no mesmo dia da visita ao Pão de Açúcar – aí está o momento em que os “enganam turistas” ganham dinheiro fácil. A distância entre ambos não é muito longa. Nos acessos às bilheterias, tanto de um ponto quanto do outro, há vários taxistas ou “motoristas independentes” que chegam a cobrar R$70 para levar de um a outro. Se quiser ir de táxi, tudo bem, peça pra ligar o taxímetro. Mas se quiser mesmo economizar, a dica é ir de metrô. Muito simples. Basta pegar o metrô de superfície da Urca a Botafogo. De lá, seguir até a estação do Largo do Machado. Pegar um ônibus que vá para o Cosme Velho, que chega em menos de 10 minutos – (Quem é adepto da caminhada, em cerca de 20 minutos é possível ir da Urca ao metrô de Botafogo).

– No Jardim Botânico é o melhor lugar para quem procura natureza, beleza e tranquilidade. Levar um livro, levar o namorado ou simplesmente deitar lá e cochilar. Mas pode esquecer fazer um piquenique na grama – é proibido. Para compensar o lugar é lindo! E vale MUITO a pena caminhar pelas margens do Rio dos Macacos, que atravessa o Parque da Tijuca, passa pelo Jardim Botânico e vai até sua foz, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Não é uma grande trilha, mas vale a pena seguir pelo rio e a margem de Mata Atlântica.

– Caminhar pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro é relembrar não só a aulas de histórias do Brasil como da literatura. Experimente as ruas Do Lavradio, Do Ouvidor ou o Passeio Público que tanto encantavam Machado de Assis. Uma dica é entrar na Confeitaria Colombo fundada em 1894 (que tem uma filial no Forte de Copacabana). Os quitutes não são os mais barato, mas vale pela construção histórica e os espelho belgas e italianos que ainda são os mesmos da época.

Há muito que fazer na cidade para caber numa coluna. Então, esses são alguns dos passeios que todo turista faz quando está no Rio e não deve deixar de fazê-lo porque há multidões pelo caminho. Para se informar para onde ir e não ir, o palpite é checar no Guia Oficial do Carnaval. Assim fica fácil descobrir o dia em que é possível percorrer as ruas de Santa Teresa com tranquilidade (há muitos blocos no bairro). E não estranhe se só cobrarem R$0,60 pelo ticket do Bondinho de Santa Teresa. É barato mesmo.

 

Mônica SouzaPor Monica Sousa
Monica Sousa é jornalista. Mestre em Comunicação. Viajante sem luxos. Descobriu o prazer de viajar sozinha e não parou mais. No blog batendo-perna mostra que é possível se divertir gastando pouco. Viajar bem e barato.

 

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