Quanto você realmente aproveita a sua viagem?

De vez em quando, ao ver pessoas em férias, me pergunto o quanto realmente elas estejam aproveitando. Existem pessoas que gostam do turismo cultural, aquelas que gostam da vida noturna, que curtem e se integram com a natureza, fissurados em compras, que querem ‘desplugar’ e relaxar completamente. Uma infinidade de opções e destinos para uma infinidade ainda maior de perfis de viajantes.

A expectativa, a viagem, a chegada… e? Muita gente segue os passos dos guias de viagem, outros são totalmente contra – procurando atrações alternativas. Muitos também são aqueles que chegam no destino sem saber completamente nada, mais perdidos do que criança em parque de diversão.

Quando estivemos em Marsa Matruh – Egito, ficamos em um hotel maravilhoso, tinha tudo! Piscina, praia, spa, teatro, animadores, ginástica, jogos e tudo mais. Primeiro dia, tudo bem… segundo, ok… mas acordar-comer-nadar-comer-nadar-dormir não é muito o nosso estilo! Não podíamos sair do hotel porque era “perigoso”. Sair só acompanhados, então acabamos fazendo os passeios oferecidos por eles. Em Cuba foi a mesma coisa.

Já em Mykonos – Grécia o discurso foi completamente diverso! Estávamos em um hotel (muito legal também) um pouco afastado do centro da ilha, mas já no primeiro dia alugamos um quadriciclo e íamos para onde queríamos e quando queríamos. Fazíamos nossas rotas, nossos programas. Parávamos por uma hora em um lugar e cinco minutos em outro. Não tinha tanta coisa para ver? Pé na estrada! Liberdade!

Os perrengues são uma constante aos que viajam pouco ou aos que vão ao exterior pela primeira vez. Um belo catálogo de uma agência de viagens pode esconder muitos pontos negativos! Os preços e promoções também! Pesquise, pergunte, faça uma verdadeira investigação sobre o próximo candidato à destino de férias, pois chegando lá você poderá fazer pouco para mudar as coisas.

Uma outra coisa importante é a influência da tecnologia entre as famílias. Eu odeio (tenho uma raiva quase incontrolável) quando vejo uma família comendo em um restaurante com a seguinte cena: O pai bebendo algo (com cara de bunda), a mãe conversando alegremente no celular e os filhos jogando um videogame portátil (ou algo do tipo). Serve também para quem não larga o celular, mesmo com um belíssimo monumento histórico ou até mesmo um pôr-do-sol incrível bem na frente. Sem nenhum tipo de interação, de diálogo. Algo completamente vazio, frio. Se você se identificou com uma dessas coisas, seria interessante ver esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=17ZrK2NryuQ

Seja você um mochileiro, amante de esportes radicais,  mãe de família, aposentado, jovem transpirando testosterona, workaholic ou qualquer outro estilo – existem muitos lugares com a sua cara! Se você quer tranquilidade, não fique perto das Ramblas de Barcelona. Se quer aventura, não escolha de cara o primeiro destino last minute. Vejam até onde vale a pena economizar! Como já dizia o sábio – o barato pode sair – bem – caro!

O discurso da língua também é fundamental, algo que muita gente não considera importante e não tenta nem aprender um “bom dia”. Têm aqueles que acham que as pessoas do país de destino são obrigadas e entender o que eles, turistas, dizem. Claro que o inglês é algo quase universal, então – se você não aprendeu – faça com que teus filhos aprendam! É fundamental, não só para viagens, mas para a vida profissional!

Existe uma infinidade de sites/blogs/twitters/guias especializados em viagens, deixe a preguiça de lado e ponha a mão na massa! Algumas horas investidas na pré-viagem podem render muitas horas extras de curtição e muito menos dor de cabeça!

Se posso dar alguns humildes conselhos, seriam:

Não siga tudo e não confie 100% nos guias de viagem, mas não viaje sem eles.

– Não confie sempre no teu GPS, pergunte e interaja com as pessoas do local. Aprenda com eles!

– Não só monumentos e museus representam um destino, as pessoas são o maior tesouro e fonte de conhecimento.

– Preconceito infelizmente existe e sempre existirá, então saiba aceitar as diferenças, se adaptar em qualquer modo e também fazer com que respeitem a tua personalidade.

– Pesquise ao menos um pouco sobre os costumes, religião e palavras que podem parecer iguais em português, mas que podem muitas vezes até ofender.

– Se for ficar na casa de alguém ou alugar um casa já mobiliada, cuide das coisas e limpe tudo como se estivesse na própria casa. Parece besteira, mas muita gente não percebe a diferença. Vai te ajudar muito se um dia quiser voltar.

– Aproveite as novas tecnologias, como guias no celulares, laptops, máquinas digitais e filmadoras. Mas cuidado para não exagerar e transformar tuas férias em algo virtual.

– Pense quantas fotos serão realmente necessárias tirar ou se vale a pena filmar tudo. São muitas as pessoas hoje em dia que voltam das férias e os arquivos ficam pra sempre perdidos no computador.

– Use o cofre do hotel e tome cuidado com a bolsa, mesmo quando for dar um mergulho na piscina ou tirar umas fotos. Mesmo nos hotéis mais chiques sempre existem pessoas mal intencionadas.

– Pesquise aqui no blog ou acesse o nosso catálogo especial de especialistas de viagem no Twitter (com sites e blogs também) e procure por quem pareça ter o teu perfil.

Bom, espero ajudar de qualquer forma quem for se jogar no mundo! Não sou nenhum tipo de especialista, mas já viajei bastante e espero que gostem das dicas que resolvi compartilhar aqui! Estou sempre aprendendo com outros viajantes, mas a vida é isto – um eterno aprendizado! E se for para aprender viajando, será sempre um grandíssimo prazer!

Muita paz e um abraço!

 

Michel Passos ZylberbergPor Michel Passos Zylberberg
Michel Passos Zylberberg, canceriano e designer gráfico. Casado, morando em Solduno-Suíça, já rodei por mais de 20 países e decidi compartilhar minhas experiências no blog “Rodando Pelo Mundo“, no Twitter (@rodandoomundo) e também aqui no Trilha Cultural. Obrigado pela companhia e boa viagem! PAZ!

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